Tóquio é a cidade com mais
restaurantes premiados com 3 estrelas Michelin. Este ano conta com 16.
Um restaurante que tem
apenas 10 lugares sentados, que não tem casa de banho dentro do restaurante, que não
aceita cartões de crédito e serve apenas Sushi parece à primeira vista não ser
elegível para atribuição de 3 estrelas Michelin, mas o certo é que
foi. Sukiyabashi Jiro Honten é um dos
mais conceituados restaurantes de Sushi de Tóquio.
Jiro Dreams
of Sushi é um documentário sobre a ascensão de Jiro que retrata com exactidão aquela
franja de Japoneses perfeccionistas, eficientes, trabalhadores e obsessivos.
Saiu
de casa aos 6 anos sem possibilidade de regressar e cedo começou trabalhar
para sobreviver. Aos 10 anos começou a fazer Sushi e aos 85 anos não consegue pensar
em reformar-se.
No documentário são
entrevistados vários vendedores grossistas, cada um especializado em apenas um
produto. São produtores que não vendem em quantidade, mas em qualidade. Jiro só
compra ao melhor especialista de Atum, ao melhor especialista camarão, ao
melhor especialista de arroz e é curioso que estes produtores que vendem à décadas
para Jiro, se considerem privilegiados por venderem os seus produtos ao Chef
que os confecciona da melhor maneira e por isso lhes atribui quota parte na
qualidade do seu trabalho.
Os aprendizes são
treinados até à exaustão, mesmo que seja preciso fazer 200 vezes um sushi de ovo
para sair com o nível de qualidade exigido. Aqui junta-se o perfeccionismo, com
os ingredientes de alta qualidade, técnica apurada, timing adequado para ser
servido.
O filho mais velho de
Jiro, com 50 anos carrega a responsabilidade de continuar o negócio de família.
Será preciso ser 3 vezes melhor que o pai para que o equiparem ao mesmo nível,
se for igualmente bom vai ser sempre considerado pior. É assim que funciona o
lado perfeccionista da cultura Japonesa.
A refeição custa cerca de
€300 e dura entre 15/20min.
Desde que comecei a trabalhar no Chiado que a minha atenção
para a Street Art tem aumentado
exponencialmente.
Considero-me uma pessoa ordeira e cumpridora. Mantenho-me
assim, não sei se porque gosto ou por conformismo, mas de cada vez que vejo
estes outliers semi-rebeldessou invadida por
uma vontade álgida de os observar, seguir, vigiar.
Neste campo por vezes é-me difícil determinar ao certo onde
termina a genialidade e começa a marginalidade. Normalmente são provocadores e
levam o vandalismo para uma dimensão que considero desordeira mas razoavelmente
permissiva pelo valor que acrescentam (embora só alguns).
Uma das situações deliciosas com um street artist passa-se
no Tate Britain onde de Banksy afixa as suas obras e é captado pelas câmaras. As
imagens são dignas de uma sequela do Mr. Bean!
É bom quando conhecemos pessoas que são muito mais do que
aquilo que esperamos.
Ele faz parte da espiral de artistas desconhecidos a
ambicionar a fama mantendo-se no anonimato. Não dá a cara, mas toda a gente
sabe quem ele é, genial esta ginástica do vulto Banksy.
Banksy não tem
intenção de se mostrar e apenas permitiu que as suas obras fossem filmadas quando
entendeu que ver as reacções das pessoas é um importante feedback do seu trabalho, visto que face à ilegalidade do que faz,
não se mantém no local onde as coloca.
Em Hollywood, na festa de apresentação de BANKSY, a maior
estrela foi um elefante verdadeiro camuflado com 12 litros de tinta cor-de-rosa,
aludindo à capacidade de ignorarmos as coisas que estão mesmo à nossa frente.
Esta situação foi polémica no entre os activistas dos
direitos dos animais, o que juntamente com as celebridades que se juntaram na
exposição, levaram a que a imprensa desse mais atenção ao evento do que a
qualquer museu decente - segundo a opinião do próprio Banksy.
O facto de esta ser uma exposição ‘Quase legal ‘marcou o
ponto de viragem para a grande visibilidade e interesse do mundo da arte pela street art e os coleccionadores
apressaram-se a a entrar neste novo mercado, o que fez os preços das artes
urbanas disparassem até se tornarem um grande luxo.
A Street Art é cada vez menos um mero movimento de outliers e rebeldes, mas ainda assim
cativa por esse mesmo lado de foras-da-lei com desenhos, ideias, mensagens…
maravilhosas.
domingo, 29 de julho de 2012
Só há um tipo de amor que dura, o não correspondido
É sempre bom descobrir a reabertura de espaços emblemáticos. Com a primavera reabriu o Clube Ritz na Rua da Glória. O meu primeiro concerto foi com a Rainha do Rockabilly - Wanda Jackson que com 74 anos ainda consegue partir a loiça toda com um público de todas as idades a abanar a anca e a bater com o pé no chão. No casaco de farripas rosa chock, Let’s have a Party foi a que mais abanou a sala que estava cheia.
Tenho sempre pendentes inúmeros planos de viagem que gostava de fazer mas confesso que a Irlanda não estava nos meus planos mais próximos. Li o itinerário levianamente e confirmei a viagem a pouco mais de uma semana, sem pensar muito, sem muitas expectativas.
Depois de cerca de 3h de voo dei entrada num país de fadas, Gnomos e lendas centenárias que me surpreendeu e cativou de dia para dia.
Dia 1
Chegámos ao Anchor House Dublin a meio da tarde, como não chove apressamo-nos a fazer a volta de reconhecimento à cidade. Não é uma cidade muito grande, mas tem personalidade. Localizada na baía da foz do rio Liffey é uma cidade que vibra com o pulsar do movimento de rua, das lojas, dos pubs, da história ou das lendas encontradas ao virar de cada esquina.
Parada na O’ Connell Street observo todo o movimento a partir da ponte e deixo-me convencer que a aposta estava ganha. Serpenteamos a cidade entre as pontes sobre o Liffey.
A Grafton Street é das mais movimentadas ruas de Dublin que se impõe orgulhosamente limpa, com lojas e restaurantes de topo e vários artistas de rua. O final da rua desaba no St.Stephen’s Green. Uma ampla zona verde no centro da cidade que levanta o véu para o doce verde que vamos encontrar nesta Emerald Island. E como na Irlanda todos lugares escondem histórias/lendas encantadoras, conta-se que durante a Revolta da Páscoa quando o St.Stephen’s Green foi tomado pelos rebeldes do IRA durante 6 dias, foi declarado um cessar-fogo para que o guarda do parque pudesse alimentar os patos.
Janta-se cedo na Irlanda e às 22h a cozinha do nosso primeiro restaurante sugerido – Winding Stairs - já estava fechada, seguimos o rastilho indicado pelo empregado do restaurante e jantámos num delicioso restaurante Italiano – Bar Itália que deve ser dos únicos a acompanhar os horários dos povos latinos.
O Temple Bar mantém as ruas estreitas que remontam ao século XVII. A zona escapou à reabilitação dos construtores civis nos anos 60 e à demolição para construção de um terminal de autocarros nos anos 80. Aqui a noite é muito animada, música ao vivo, Irlandeses a falar alto, a cantar em coro e a beber, a beber muito! Dia 2
Dormi pouco, ardem-me os olhos. O dia começa com o English Breakfast – Salsichas, Ovos, pão, manteiga, doce de morango, café, leite… Sinto-me aconchegada até à hora de almoço. Estão cerca de 8ºC e não chove. Saímos em direcção à zona empresarial: PWC, JP Morgan, entre outras multinacionais.
Visitamos o Trinity College, a mais famosa e antiga universidade da Irlanda. Originalmente eram apenas aceites alunos protestantes, os alunos católicos podiam ser aceites deste que renunciassem as suas crenças. Mais tarde foram abolidas as restrições religiosas e hoje em dia a maior parte dos alunos são católicos.
Dentro da universidade existe um campanário que segundo a lenda, quem aguarda resultados de exames não poderá passar por baixo arriscando-se a reprovar.
A biblioteca da universidade é maravilhosa. Um Dinamarquês aproxima-se para nos dizer que já tinha visitado a nossa igualmente maravilhosa biblioteca Joanina em Coimbra, senti-me envergonhada por não a conhecer, é um factor a ter em conta nos próximos fins-de-semana prolongados. No verão parece ser uma boa altura uma vez que a biblioteca acolhe recitais de piano e quartetos de cordas.
Almoçamos no Mc Peaches mesmo em frente ao Trinity College. Comi uma deliciosa quiche que poderia ter sido feita com a mesma receita que as da nossa fantástica Confeitaria Nacional. Muito boa.
Os pináculos das igrejas são uma constante que confere a identidade à cidade, altas, grandes e majestosas. As duas principais igrejas são: a Christ Church (em tempos frequentada pela classe mais alta) e a St. Patricks Church (onde, segundo a lenda, foram celebrados os primeiros baptizados dos convertidos ao cristianismo).
Os dias parecem curtos para os nossos planos e quando chegámos à fábrica da Jameson já tinham terminado as visitas. Seguimos para a fábrica da Guiness e também já não eram aceites visitas. Puxámos a nossa veia Portuguesa e conseguimos subir ao topo do edifício com vista para a cidade a 360º.
Seguindo um horário mais razoável, jantámos no Winding Stairs, comi mexilhões com uma Belfast Blonde e saí de lá redonda. Amanhã seguimos viagem com destino a Waterford.
Dia 3 Não sou eu que vou conduzir à direita, mas isso não me tranquiliza, antes pelo contrário. Ir no lugar do pendura num país que se conduz à direita é simplesmente assustador principalmente quando sabemos que quem conduz também não está familiarizado. Não foi preciso de sair de Dublin para ficarmos sem retrovisor e ainda agora a viagem vai no início.
Chegamos a Powerscourt. Os jardins são tranquilizadores, o Triton Lake em frente ao palácio é uma cópia da fontana del Tritone de Bernini em Roma e deleitei-me com os jardins Japoneses. Esta imagem é o início de uma Irlanda de contrastes Verdes e Azuis que nos vai acompanhar até o regresso a Dublin.
Seguimos pela Military Road até Glendalough sem sair do carro porque chovia copiosamente. Na Irlanda o tempo vira como as horas, tanto está chuva, como faz sol no momento a seguir. Ficámos com pena de não seguir o percurso pedonal sugerido entre o Upper Lake e o Lower Lake.
A rua central de Enniscorthy estava deserta, as lojas estavam fechadas. Dia 3 de Maio é feriado na Irlanda, mas supermercado está aberto e comprámos mantimentos para a viagem. Subimos a colina – Vinegar Hill e ouvimos apenas o vento daquela cidade num dia de Bank Holiday.
New Ross é atravessada pelo rio Barrow e é uma das mais antigas localidades do país. Talvez por ser feriado estava tudo muito calmo, pelo que leio no guia é uma localidade com muita actividade no rio.
Chegámos a tarde Waterford. Os restaurantes estavam fechados, mas conseguimos que nos servissem jantar num restaurante Indiano. Jantámos lindamente, mas sentimos uma simpatia cínica no ar talvez por estarmos a jantar às 22h. É segunda-feira e não há movimento na rua. Regressámos ao hotel depois de jantar.
Dia 4 Waterford é a mais antiga cidade da Irlanda fundada pelos Vikingues em 914. A indústria dos cristais desta cidade gozaram durante anos de uma reputação sem rival, mas os elevados impostos levaram ao encerramento da fábrica. Foi reaberta em 1947. Não a visitamos, apenas passamos pelo edifício inconfundível com encantadores lustres de cristal. A cidade tem três torres idênticas, na Reginald’s Tower ainda é visível o disparo de canhão das tropas de Cromwell contra os Vikingues. A pequena marina fica encoberta por um enorme parque de estacionamento e do outro lado da margem uma enorme fábrica de cimento inactiva rasga a paisagem. Esta cidade tem edifícios altos e ruas estreitas o que dificulta o enquadramento das paisagens.
Na praia de Tramore, não chove, mas o tempo cinzento, o vento e o facto de a praia estar vazia torna o ambiente melancólico. Se tivesse que descrever o que senti em Tramore numa música escolheria Ekki múkk do novo álbum Sigur Rós, foi exactamente a mesma coisa.
Lanchámos em Durgarvan, um delicioso pudim de pão. Youghal é a cidade onde foi filmado o Moby Dick (a ver muito em breve), esforcei-me por registar a essência desta cidade para verificar se coincide com a que vou tirar do filme.
Cobh (lê-se Cove) é uma das 3 ilhas do porto de Cork. Quando a rainha Victória visitou esta ilha mudou-lhe o nome para Queenstown, mas em 1921 retomou o nome inicial. Tem um dos maiores portos do mundo e eram frequentes as visitas de navios de luxo. Em 1838, o Sirius partiu daqui para a primeira viagem transatlântica a vapor, o Titanic fez aqui a última paragem antes da trágica viagem em 1912. Também foi deste porto que emigraram cerca de 2,5 milhões dos 6 milhões de Irlandeses na altura da grande fome.
Sem restaurantes recomendados em Cork, jantámos num que nos pareceu só ter gente local. Comida simples, mas bem cozinhada. Cumpre o que se quer. Foi difícil encontrar o B&B em Cork e o GPS insistiu em não funcionar até ao final da viagem.
Dia 5 O pequeno-almoço foi uma desilusão. Deixamo-nos ficar à mesa a verificar alguns detalhes do nosso plano de viagem, com calma… Saímos em direcção ao centro de Cork já a manhã ía adiantada.
O English Market no coração da cidade tem entrada por 3 ruas possíveis. Aqui vendem peixe, carne, fruta, queijo, legumes que misturam um aglomerado cores e cheiros. No pátio superior é a zona de cafés, seguindo o corredor inferior ouve-se o som das conversas de quem se junta para dois dedos de conversa. Frank Hederman é uma loja especializada na confecção de Salmão Fumado e destaca-se pelo aspecto elegante e cores pastel. A loja fica situada no canto do mercado e o cliente que está a ser atendido escolheu uma refeição para oferecer que foi embrulhada com o rigor de um presente muito sofisticado.
Almoçamos em Blarney num restaurante no centro – Muskerry Arms e seguimos para o lendário castelo de Blarney. Segundo a tradição ancestral existe uma pedra localizada no interior do castelo que confere uma eloquência imbatível a todos aqueles que cumpram o ritual de se deitarem de costas, suspensas pelos pés e nela derem um beijo. Não é uma manobra fácil e ficou registada numa fotografia/diploma que com certeza deverá ser uma mais valia para anexar ao meu Curriculum Vitae :P
Não parámos em Macroom. Pus a máquina fotográfica de fora do carro e disparei umas fotografias tortas ao castelo que Crumwell (este senhor entra nas histórias de todos os cantinhos da Irlanda) doou ao Sir William Penn (o pai do fundador da Pensilvânia – um dos mais antigos estados dos Estados Unidos).
A vista é fabulosa na baía de Glengardiff onde fica o hotel Eccles visitado, também, pela rainha Victória. Estava nos planos apanharmos um barco para as Garinish Island, mas já não há travessias às 19h. O próximo barco sai às 9h45 do dia seguinte, mas infelizmente já não temos tempo de voltar atrás.
Jantámos em Kenmare num Irish pub com música ao vivo e seguimos as placas apenas em Gaélico até Killarney.
Dia 6A senhora da recepção não é antipática, mas a timidez impede-a de manter uma conversa fluída, o sorriso espontâneo apenas se esboça quando lhe perguntamos se o Killarney National Park é merecedor da nossa visita.
Killarney National Park era inicialmente de um Irlandês que se endividou a fazer obras na sua herdade durante 11 anos para receber a visita da rainha Victória esperando tirar partido dessa visita. A possibilidade de ser nomeado Sir e ser isento de impostos levou-o a deixar dívidas tão elevadas que acabou por ver a sua casa penhorada pelo banco. A herdade foi comprada por um californiano que a ofereceu à filha como presente de casamento com um Irlandês. Após a morte da filha do californiano, o marido Irlandês não dispunha de fundos para manutenção da herdade e doou-a ao governo.
Visitamos o parque de charrete. Passámos em frente ao lago e seguimos até à cascata de 18m, vimos a manada de vacas que pertencem à mais antiga coudelaria de vacas irlandesas e regressámos ao ponto de partida. Foi um passeio sem sol, mas também sem chuva.
Almoçámos em Adere, no restaurante ‘The Blue House’. É uma casinha típica com um telhado de colmo que vamos continuar a ver aqui e ali nas próximas cidades. Um encanto de restaurante com a fotografia de Audrey Hepburn na parede e em grande plano. Apesar de ter nascido na Bélgica, é Audrey era filha de um banqueiro Irlandês. As Cliff of Moher foram semi-finalistas das 7 maravilhas do mundo naturais. As máquinas fotográficas não conseguem captar a grandiosidade e essência destas falésias, temos que grava-la com o olhar e arruma-la na memória. O azul do mar, o castanho da falésia e o verde das montanhas são o plano de fundo da nossa tarde juntamente com o nevoeiro e chuva que marcam presença até ao fim do dia. O caminho para Galway é feito pelas montanhas de Burren. Este nome deriva da palavra irlandesa boireann, que significa local de pedra. Este nome não podia ser mais apropriado, uma vez que não há outro local em toda a Irlanda onde as rochas dominem tanto a paisagem como no canto noroeste do Condado de Clare. Chegámos a Galway à hora de jantar. Comi o melhor bife de vaca na Irlanda juntamente com uma pint. O B&B é em Salthill.
Dia 7 Hoje vamos à Citroen substituir o retrovisor partido em Dublin. Telefonamos para que tivessem tudo pronto até à hora de almoço, mas quando chegámos à Citroen estava tudo atrasado. Vamos ficar algumas horas sem carro – pfff, tudo empandeirado! Decidimos apanhar um táxi até ao centro de Galway. É uma cidade universitária junto a uma baía e ao fundo vêem-se as Aran Islands. Ao meio-dia eram muitas as pessoas a passearem os cães, andarem de bicicleta ou a fazer jogging na zona verde da cidade. Jogámos aqui o joker da refeição McDonalds para seguirmos novamente para a Citroen. O taxista era do Congo - Kinshasa. Pelo caminho a rádio anuncia o separador de necrologia -quem morreu, quando, a que horas é o velório, o funeral, qual o percurso que se vai fazer… e por fim o apelo ao donativo a uma qualquer associação de Galway. Coisa estranha de se anunciar na rádio, mas aqui é ouvido com toda a naturalidade.
Na Citroen tivemos boas e más notícias. As boas? O retrovisor está como novo e lavaram-nos o carro. As más? Além do retrovisor também a porta ficou riscada e na zona do para-lamas há uma mossa, com o carro lavado fica tudo mais visível. O preço? Não vamos falar sobre isso… Para nos fazer esquecer este percalço, a região de Connemara cortou-nos a respiração com a enorme beleza natural: lagos, pântanos, charnecas e montanhas escarpadas. Região imperdível nesta Irlanda cheia de surpresas!
John Wayne filmou o filme ‘Quiet Man’ com estas paisagens de fundo e por todo o lado estão indicados os locais de filmagens.
Antes do regresso a Dublin terminamos em beleza no Congo, onde fica um dos mais maravilhosos hotéis que já vi. Entramos pelas portadas e vislumbramos o Ashford Castle com o Lough Corrib no fundo e extensos campos verdes. Toda a envolvência faz deste sítio um sonho de lugar. Deixámos os caminhos de ovelhinhas de cara negra e seguimos para Dublin pela auto-estrada. Demorámos a perceber que o hotel era mesmo naquele edifício barulhento, onde as miúdas de vestidos minúsculos saíam tortas. Estavam cerca de 3ºC e eu tremia dentro do meu casaco de penas. Amanhã o carro tem que ser entregue até às 9h, temos 3 horas para dormir.
Dia 8Acordo com um cansaço indiscritível, mas o carro tem que ser entregue. O resto do dia é para visitar a zona norte de Dublin. Volto ao cruzamento da O’ Connell Street de onde observei o movimento da cidade no primeiro dia e já o vejo de maneira diferente, tenho um conhecimento mais profundo deste povo, desta gente alegre e bem-disposta da qual vou sair com uma opinião muito mais positiva do que aquela que tinha.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
I got a life to lead I got a soul to feed I got a dream to heed And that's all I need Making my own way home Ain't gonna be alone I'm going to a town that has already been burned down
O concerto está marcado para 7 de Junho, um dia antes da sua actuação no festival Optimus Primavera Sound, no Porto.
Todos os dias é um vai-e-vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim, chegar e partir