quinta-feira, 18 de outubro de 2012

STREET ART


Desde que comecei a trabalhar no Chiado que a minha atenção para a Street Art tem aumentado exponencialmente. 

Considero-me uma pessoa ordeira e cumpridora. Mantenho-me assim, não sei se porque gosto ou por conformismo, mas de cada vez que vejo estes outliers semi-rebeldes sou invadida por uma vontade álgida de os observar, seguir, vigiar. 

Neste campo por vezes é-me difícil determinar ao certo onde termina a genialidade e começa a marginalidade. Normalmente são provocadores e levam o vandalismo para uma dimensão que considero desordeira mas razoavelmente permissiva pelo valor que acrescentam  (embora só alguns).

Uma das situações deliciosas com um street artist passa-se no Tate Britain onde de Banksy afixa as suas obras e é captado pelas câmaras. As imagens são dignas de uma sequela do Mr. Bean!

 É bom quando conhecemos pessoas que são muito mais do que aquilo que esperamos. 


Ele faz parte da espiral de artistas desconhecidos a ambicionar a fama mantendo-se no anonimato. Não dá a cara, mas toda a gente sabe quem ele é, genial esta ginástica do vulto Banksy.

Banksy não tem intenção de se mostrar e apenas permitiu que as suas obras fossem filmadas quando entendeu que ver as reacções das pessoas é um importante feedback do seu trabalho, visto que face à ilegalidade do que faz, não se mantém no local onde as coloca.

Em Hollywood, na festa de apresentação de BANKSY, a maior estrela foi um elefante verdadeiro camuflado com 12 litros de tinta cor-de-rosa, aludindo à capacidade de ignorarmos as coisas que estão mesmo à nossa frente. 



Esta situação foi polémica no entre os activistas dos direitos dos animais, o que juntamente com as celebridades que se juntaram na exposição, levaram a que a imprensa desse mais atenção ao evento do que a qualquer museu decente - segundo a opinião do próprio Banksy.

O facto de esta ser uma exposição ‘Quase legal ‘marcou o ponto de viragem para a grande visibilidade e interesse do mundo da arte pela street art e os coleccionadores apressaram-se a a entrar neste novo mercado, o que fez os preços das artes urbanas disparassem até se tornarem um grande luxo.



A Street Art é cada vez menos um mero movimento de outliers e rebeldes, mas ainda assim cativa por esse mesmo lado de foras-da-lei com desenhos, ideias, mensagens… maravilhosas.

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